Profissionais dão dicas para cuidar da saúde mental
O mês de Setembro é conhecido por marcar o período de conscientização e prevenção da saúde mental. Com a Pandemia, as pessoas foram obrigadas a encarar seus medos e incertezas. As questões socioeconômicas, desemprego e estresse social influenciaram ainda mais os transtornos mentais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 800 000 pessoas no mundo se suicidam a cada ano. Destas aproximadamente 97% tinham transtornos mentais, principalmente a depressão. No Brasil ocorrem 11 000 mortes por suicídio anualmente.
Segundo Ester Gomes, especialista em desenvolvimento humano, para evitar que quadros como estes evoluam, é preciso falar sobre autocuidado, autoconhecimento e responsabilidade pessoal. É necessário entender a origem daquela dor ou sofrimento, quebrar o ciclo que a paralisa na tristeza ou depressão, é um dos caminhos para encontrar a cura.
“A Pandemia nos fez olhar para dentro, e questões que antes costumávamos ignorar, como um problema no relacionamento amoroso, ou dificuldades familiares, vêm à tona. Além disso, questões como as preocupações financeiras despertaram em muitos sintomas de ansiedade, depressão, entre outros”, explica a especialista.
Segundo os manuais médicos, a depressão tem uma extensa lista de sintomas, que inclui tristeza, ansiedade ou sensação de “vazio”, pessimismo, culpa, irritabilidade, inutilidade ou desamparo, dificuldade para se concentrar, lembrar ou tomar decisões, problemas ou disfunções sexuais, alterações de apetite que podem levar ao ganho ou à perda de peso, dores no corpo e de cabeça e, em casos mais graves, pensamentos de morte ou suicídio.
Para o terapeuta e mentor Rafael Peixoto existem três estágios para superar um momento de crise:
“Algumas pessoas não passam pelos três estágios de uma vida inteira. Essa pandemia deu ênfase à importância da saúde mental. O primeiro estágio é aceitar o fato de você não estar bem e a partir daí migrar pro segundo, buscar ajuda. O terceiro é o estágio de dar continuidade a essa ajuda. A ajuda é diferente para todo mundo, até porque o que funciona pra mim, pode não funcionar pra você, então as pessoas precisam buscar o que encaixa melhor pra elas”, para ajudar ele indica a meditação – pois ajuda a equilibrar as energias – e terapias com hipnoterapia.