Claudia Manzo lança 2º disco com feat. de Baiana System, Mariana Cavanellas e Luiza Brina 

Claudia Manzo

A cantora e compositora chilena, Claudia Manzo, anuncia para o dia 18 de março seu segundo álbum de estúdio. Intitulado “Re-voltar”, o disco chega às plataformas digitais após o lançamento de três singles – “Re-volta”, “Vacilão” que conta com a participação especial da cantora Mariana Cavanellas (ex-Rosa Neon), e “Água Benta”, faixa que conta com a participação especial do BaianaSystem – a propósito, o trabalho chega ao mundo depois de um período de grande destaque para a artista que ganhou bastante atenção da mídia e do público brasileiro por ter participado do EP “América do Sol” (terceiro ato do disco OXEAXEEXU do grupo brasileiro), no qual Claudia entrou com duas parcerias em composição, instrumentação e vocais – “Pachamama” e “Capucha”, ambas lançadas com clipes e destaque pela banda baiana.

O álbum conta com dez faixas autorais, inéditas, com composições de Claudia e parcerias da artista com o músico André Milagres, além de Luiza Brina (Graveola), com quem divide também os vocais na faixa Pequenos Homens, e Russo Passapusso, coautor  da faixa Água Benta. As letras versam sobre questões do universo feminino de uma mulher latino-americana que vive no Brasil e enfrenta desafios como a luta contra machismo, a dor da injustiça social que assola o país, além de temas como a saudade, a liberdade dos corpos e a plataforma de encontros e desencontros que são os idiomas. “A língua também é minha pátria”, canta Manzo em referência à Caetano Veloso na faixa “Língua”. A maioria das canções é escrita e cantada em português, o que já não parece mais ser um desafio pra artista depois de tantos anos vivendo no Brasil. “Há ainda um portunhol que me percorre, mas já é menos sofrido  do que quando comecei, por que hoje tenho acesso a mais palavras, contextos, significados, mais poesias, reflexões, mais linguagem coloquial e mais vivência brasileira”, afirma. 

Com produção musical assinada por CIDO (produtor belo-horizontino responsável por trabalhos de artistas como Lamparina, Nath Rodrigues, Rosa Neon, entre outros), o disco mescla bases eletrônicas atravessadas por uma instrumentação orgânica, com instrumentos como o cajón peruano, o três cubano, o cuatro (instrumento fortemente presente na música latino-americana), além de violões, guitarras, baixos e metais. Os arranjos apresentam ritmos e elementos da música latina em mescla com uma forte presença da música brasileira, que já faz parte há tempos do referencial estético da cantora que se afirma “brachilena”, pelo fato de estar no Brasil há mais de uma década e não saber mais separar o país de sua arquitetura artística, filosófica e social. Apesar da distinção de gêneros musicais que separa o Brasil dos demais países da América Latina, Claudia percebe que é tudo parte de um mesmo continente, guardando musicalmente grandes interseções: “sinto que a troca com o BaianaSystem foi potente até mesmo por isso, na Bahia, que representa muito da música brasileira, a presença de ritmos como a salsa ou cumbia são fortes e influenciam muitos artistas em sua criação”, ressalta a compositora. 

O título do álbum, “Re-voltar”, traz a ideia de decepção, inadequação com o rumo da sociedade, mas também alude à noção de recomeço, esperança, saudade, como algo que compreende que para se conectar à si próprio e restabelecer a harmonia das coisas, é necessária a fúria da inconformidade, e vice-versa. A capa do disco, com a fotografia de Luciana Diniz, traz uma referência ao povo Selknam, habitantes da região da Patagônia, um dos últimos grupos ameríndios a serem dizimados pelos europeus e que tinha uma organização social matriarcal. No mito Selknam, quando as mulheres governavam e os homens a elas serviam, houve uma revolta na qual eles perseguiram e se vingaram das líderes daquela sociedade. Uma delas conseguiu escapar e se tornou a lua. 

O disco renderá ainda outros lançamentos ao longo do semestre: três faixas do repertório ganharão outras versões que serão lançadas até julho de 2022. “Re-voltar” chega aos aplicativos de música a partir das 0h do dia 18/03 (sexta-feira) e apresenta uma nova Claudia Manzo para o mundo. Conectada à música de seu tempo, sem perder sua identidade, muito pelo contrário: ressaltando a potência de seu canto, a expressão de seus ritmos e a força de suas ideias como nunca. 

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Confira um guia sobre a maior noite da música, o Grammy 2021 que acontece próximo domingo (14)

grammy2020
63º GRAMMYs Awards, acontece no domingo, 14 de março. Apresentado pelo apresentador do “The Daily Show”, Trevor Noah, o show conterá toda a música e magia que o público espera, ao mesmo tempo em que mantém as precauções de segurança do COVID-19. Os nomeados atuais incluem os maiores artistas da atualidade, incluindo  Beyoncé, Billie Eilish, Coldplay, Haim, Dua Lipa, Taylor Swift, Phoebe Bridgers e muitos outros. Artistas e apresentadores serão anunciados em breve.
Até lá, veja como se preparar para assistir seus apresentadores, indicados e vencedores favoritos do 63º GRAMMY Awards. Saiba mais sobre as diferentes maneiras de assistir ao show do  2021 GRAMMY Awards aqui e leia sobre como experimentar a temporada 2021 GRAMMY na íntegra abaixo.

Participe da GRAMMY Week:
Antes da maior noite da música, a Recording Academy está oferecendo uma infinidade de eventos maravilhosos como parte da GRAMMY Week 2021 . A semana começa na segunda – feira, 8 de março, com o GRAMMY In The Schools Fest , um evento virtual de quatro dias que celebra a música e a educação musical e apresenta apresentações de alunos e profissionais. (Este evento é gratuito para quem se inscrever com antecedência aqui(abre em uma nova guia).) Nesse mesmo dia, o Women In The Mix , outro evento virtual, vai reconhecer as contribuições das mulheres na música e vai amplificar a voz feminina. (Este evento acontecerá publicamente em GRAMMY.com.)
Grammy 2021
Na quarta – feira, 10 de março , a celebração da semana GRAMMY do Coletivo Inaugural de Música Negra apresentará uma série de conceituados criadores de música negra e profissionais conhecidos por amplificar as vozes negras na música e além. (Este evento pode ser visto em GRAMMY.com.)
Na quinta – feira, 11 de março , junte-se ao evento GRAMMY U Masterclass With Tayla Parx enquanto ela discute sua arte de escrever canções e experiência da vida real como uma artista multifacetada. (Este evento pode ser visto no canal da Recording Academy no Facebook(abre em uma nova guia).) No mesmo dia, a Celebração do 20º aniversário da Ala de Produtores e Engenheiros , um programa privado de uma hora, celebrará o marco de 20 anos da Ala de Produtores e Engenheiros da Recording Academy .
Na sexta-feira 12 de março , MusiCares ” Music On A Mission fundraiser virtual irá honrar a resiliência da comunidade de música, que foi profundamente impactado pela COVID-19 pandemia. Nesse dia, a 23ª Annual Entertainment Law Initiative , um evento privado, irá homenagear a Black Entertainment and Sports Lawyers Association (BESLA). Confira a lista completa de indicados ao GRAMMYs 2021 aqui
Cerimônia de estreia:
Antes da transmissão do GRAMMYs, certifique-se de ir aos bastidores com GRAMMY Live. Em primeiro lugar, a 63ª Cerimônia de Estreia dos Prêmios GRAMMY acontecerá no domingo, 14 de março, e será transmitido ao vivo internacionalmente via GRAMMY.com . Apresentado pelo atual três vezes indicado ao GRAMMY, Jhené Aiko, a Cerimônia de Estreia contará com apresentações dos atuais indicados ao GRAMMY, incluindo Burna Boy, Terri Lyne Carrington + Ciências Sociais, Jimmy “Duck” Holmes , Igor Levit, Lido Pimienta, Poppy, Rufus Wainwright e muitos outros. A Cerimônia de Estreia também é onde iremos premiar mais de 70 GRAMMYs em gêneros musicais que vão desde clássico e jazz a R&B, música global e muito mais.
Assista ao 63º GRAMMY Awards:
O único lugar para assistir a Biggest Night da música é na CBS, CBS All Access e Paramount. Durante a transmissão, visite GRAMMY.com durante a noite para assistir aos discursos de aceitação e entrevistas com os vencedores da noite.

Suricato se junta a Vitor Kley no lançamento do single “A dois”, que chega acompanhado de clipe

Vitor Kley e Suricato

Após ser indicado ao GRAMMY® Latino pela segunda vez consecutiva e lançar três álbuns somente em 2020, o carioca Suricato se juntou ao gaúcho Vitor Kley em uma parceria inédita para o lançamento do ensolarado single “A dois” (Ramon Matheus/ Ébano Machel), faixa que aproxima os mundos dos dois artistas e presenteia o público com um som leve e potente. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/ADoisPR . A nova canção chega acompanhada de um videoclipe, gravado em duas praias diferentes do litoral brasileiro, com direito a muito pé na areia e coração em alto mar. “A dois” está em todas as plataformas de música e o clipe já está disponível no canal oficial do Suricato no YouTube.

Apesar de a colaboração entre Suricato e Kley ser novidade, a música “A dois” é, na verdade, uma regravação da faixa homônima de uma banda independente chamada “Tem Amor”. Fã declarado de Vitor Kley, Suricato não hesitou em chamar o cantor para uma emprestar sua voz para essa nova versão do single.

“Na turnê do disco ‘Na Mão as Flores’, eu cedia o espaço de abertura para até seis artistas se apresentarem. Era lindo. Entre eles, uma banda chamada ‘Tem Amor’, que eu já conhecia e adorava. Escutei a música ‘A dois’ em um pocket show deles e amei. Como normalmente componho meu repertório sozinho, achei que seria maravilhosa a ideia de gravar uma canção de um artista independente. O Kley foi minha primeira opção, amo o trabalho dele e ele adorou a música. Ele é um cara que é sinônimo de sol é sempre bom ter por perto”, revela Suricato.

Honrado pelo convite, Vitor já sentia uma conexão forte com Suricato, mesmo antes de conhecê-lo. “O Rodrigo me mandou uma mensagem dizendo que tinha um som que era a minha cara, a minha vibe, e eu fiquei muito feliz! Tenho uma admiração musical por ele muito grande, então, nós já estávamos conectados antes mesmo de nos conhecermos. Acho que quando as pessoas se admiram artisticamente os universos já se aproximam muito“, conta Vitor Kley.

Com a regravação de “A dois”, Rodrigo, à frente do projeto que leva seu sobrenome, “Suricato”, apostou em um som mais brasileiro, mas com pegada. Na letra, o público poderá identificar trechos que enfatizam a importância do outro e versos que falam de amor e afeto. Em tempos nos quais a intolerância e o discurso de ódio ganham força, sobretudo na internet, “A dois” ostenta em sua letra a esperança e a união.

“Esse som vai levar esperança, união e leveza. Acho que quando dois artistas colaboram, já é sinal de união, coisas boas, respeito e amizade. E acho que o mundo sempre precisa disso, não só neste período caótico que estamos vivendo. As pessoas precisam se unir, lutar um pelos outros, estender a mão. Precisamos fazer isso por uma questão de humanidade, pelo bem das próximas gerações. Tenho certeza de que ‘A dois’ será uma companhia maravilhosa para dias complicados, dias de solidão das pessoas e até para mim mesmo”, diz Kley.

Para combinar com uma canção leve, nada mais justo do que um clipe ameno e suave. “Eu queria um clipe ao ar livre, sem nenhum conceito moderninho produzido para dar atmosfera hype. É a simplicidade da natureza com dois artistas que se interessam por ela e por boas canções”, explica Rodrigo.

O novo single de Suricato e Vitor Kley contou com uma participação pra lá de especial, que deu à canção uma nova roupagem. Convocado por Suricato, o público pode dar pitacos e opinar no resultado final de “A dois”. O processo colaborativo deu tão certo que o músico pretende repeti-lo em trabalhos futuros.

“Estou cada dia mais aberto aos processos colaborativos, pois me percebo mais seguro de mim. Um dos meus maiores propósitos é compartilhar informações com artistas independentes e o meu público. Sempre digo que ‘o processo é a própria arte’ e, por isso, achei boa ideia abrir a caixa preta do meu trabalho para as pessoas opinarem. Arriscado, nada pop, mas não me arrependo”, explica.

Recentemente, a pandemia do coronavírus completou um ano no Brasil. Neste período repleto de incertezas, cancelamento de shows e isolamento social, Suricato fez o que nenhum outro artista nacional conseguiu. Só em 2020, ele lançou um número impressionante de três discos e um single, sendo seu ano mais produtivo. Também não teve essa de bloqueio criativo para Vitor Kley, que usou a quarentena para escrever sobre a saudade e a falta e aproveitou para ficar com a família.

A admiração mútua e o respeito entre os dois artistas é antiga, mas fica ainda mais evidente em “A dois”. A potência e bagagem musical de Suricato misturada com a positividade do autor do hit “O sol” resultou em uma versão espontânea e autêntica.

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