Rodrigo Tardelli destaca importância do mês do orgulho LGBTQIA+

Rodrigo Tardelli
Em diversos países pelo mundo, no mês de junho comemora-se o mês do Orgulho LGBTQIA+, com inúmeras manifestações a favor da comunidade. Especificamente ontem, 28 de Junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Por que 28 de junho? Exatamente nesse dia no ano de 1969 no Estados Unidos aconteceu a Revolta de Stonewall, em que gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentaram a força policial pela primeira vez. Desde então, o marco é comemorado.
O mês e a data comemorativa possuem como principal objetivo, a conscientização da população no combate contra o preconceito ainda existente na sociedade.
O ator, empresário e influenciador Rodrigo Tardelli é dono da Ponto Ação Produções, produtora de audiovisual independente responsável por grandes webseries de representatividade LGBTQIA+. Ele fala um pouco sobre a importância do mês do orgulho.
“Acho que é um mês muito importante. Essa visibilidade e esse olhar para a comunidade LGBTQIA+ é de extrema necessidade. São pessoas que querem liberdade para amar e para viverem suas vidas como qualquer um, mas acredito que precisamos frisar sobre a importância da representatividade todo o tempo, não apenas no mês do orgulho, esse é um mês de comemoração, de luta, mas a luta é diária, é lindo ver tantas empresas junto da causa porém acredito que esse apoio deva crescer, pois é algo necessário para comunidade e para nossa sociedade”, afirma Tardelli.
Com projetos LGBTQIA+ na bagagem do ator, Rodrigo ainda conta que poder unir a voz com a comunidade é algo grandioso e de extrema responsabilidade. “Me sinto muito honrado e grato de poder fazer projetos voltados a eles. Todos eles precisam de histórias e de protagonismos que os representem e os naturalizem, fora desse clichê todo que sempre vemos”, fala Rodrigo sobre a representatividade no audiovisual.
O Brasil ainda é um país que carrega muito preconceito com a comunidade e um dos países que mais mata LGBTQIA+ no mundo. Recentemente tivemos a triste notícia do acontecimento em Recife, em que uma trans teve o corpo queimado por um adolescente, e também do assassinato do Gabriel, em Embu das Artes, que levou 3 tiros por apenas ser quem ele era.
“Deveríamos olhar para nós mesmos, parar de apontar para o outro. Ninguém precisa aceitar nada ou definir a vida do próximo. A vida é de cada um, liberdade e amor é uma coisa linda que todos nós buscamos para nossas vidas. E todos nós somos seres humanos, pagamos nossos impostos e merecemos seguir com a vida que nos faz feliz e ninguém tem nada a ver com isso, isso precisa ser normalizado”, finaliza Rodrigo sobre o preconceito.
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Nick Cruz aborda transfobia em trabalho mais importante da carreira

Nick Cruz

Toda canção é um documento histórico do nosso tempo presente. Porque, enquanto o artista é impactado pela realidade, ele impacta o mundo através da sua arte. E essa via de mão dupla é o principal objetivo de Nick Cruz em nova etapa da carreira. O cantor capixaba se prepara para lançar a música mais importante da sua trajetória, chamada “Sol no Peito”, em que aborda a transfobia presente em sua vida e na de milhares de brasileires. O single chegou em todos os tocadores digitais e com clipe no YouTube.

“Sol no Peito” é fruto de um amadurecimento de Nick. Desde que o artista assinou contrato com a Warner Music Brasil e se mudou para o Rio de Janeiro em 2020, ele se torna uma voz cada vez importante dentro da sua comunidade. E, no país em que mais se mata transexuais e em que mais se consome pornografia transex no mundo, é por meio da música que ele quer deixar a sua mensagem: “Esses olhares me consomem / Não me veem como homem / Onde será que o nosso mundo se perdeu? / Almas que mentem e se escondem/ Atrás de um codinome / Eles querendo consumir meu corpo enquanto eu / Só quero mudar de nome”.

Abordando pela primeira vez a sua bandeira em seu trabalho, Nick cruza a ficção com sua história real. No clipe, seu personagem sonha em fazer mastectomia e poder “tomar sol no peito” sem preocupações. A narrativa joga luz a algumas situações que os corpos trans passam diariamente – como os ferimentos causados pelo binder, o desconforto em usar camisas brancas e o aparecimento dos pelos devido à transição hormonal. Por isso, o procedimento cirúrgico acaba sendo o sonho de muitas dessas pessoas, inclusive de Nick.

Como esse lançamento perpassa por toda a sua biografia, o artista ainda escolheu uma foto de quando era criança como capa do novo single: “minha autoaceitação reflete muito nas minhas composições. Na medida em que me entendo neste mundo, fico mais confortável para trazer isso pro papel. A música é um jeito de abordar toda essa discriminação que sofremos de forma leve, para que o outro escute com atenção, apesar de eu estar querendo gritar”, reflete Nick.

Conheça Dani Brasil, o DJ que bombou na World Pride em Nova York e no mundo.

Dani Brasil

Se você curte música eletrônica, certamente já ouviu falar no DJ Dani Brasil que se destaca no mercado desde 2017. O artista atualmente acumula mais de 120 mil seguidores nas redes sociais e mais de 1.5 milhões de plays no SoundCloud.

Dani abriu o jogo com exclusividade e contou como está sendo se manter e se reinventar durante a pandemia que afeta o mundo todo e conta que por ter dupla cidadania, já foi vacinado e está voltando a tocar nos EUA, país onde o controle pandêmico já está altamente avançado:

“A pandemia foi um grande baque para todos nós do meio artístico. O ano de 2020 prometia ser um ano incrível para mim, a minha agenda internacional estava a todo vapor. Eu tinha apresentações marcadas em lugares como Tokyo, Toronto, Seattle, San Francisco, Dubai, Palm Springs, Sydney, Los Angeles, Dublin. Alguns desses lugares eu iria pela primeira vez e outros eu retornaria para uma nova apresentação. A pandemia veio e cancelou todos os eventos. Ficamos presos em casa e tivemos que nos reinventar para não ficarmos pra trás. Esse tempo em casa me ajudou a começar a aprender a fazer produção musical, algo que eu sempre queria mas nunca tive o devido tempo para me dedicar, então me dediquei muito a isso, comecei a produzir e agora já estou com diversas produções lançadas.

 

O que tem me ajudado ultimamente é por ter dupla cidadania. Já fui vacinado e os eventos nos EUA estão voltando há algum tempo. Então por conta disso eu tenho viajado para tocar por lá, é o que está me ajudando nesse momento porque infelizmente os eventos no Brasil não voltarão tão cedo. Espero e torço muito para que a vacinação se acelere por aqui para que possamos voltar a nos encontrar nos eventos da forma segura novamente e mostrar toda a novidade que tenho produzido durante esse tempo.

Viver da arte sempre foi um desafio, é o que eu disse, temos que sempre nos manter em evidência e trazer novidades para o público. Infelizmente não podemos nos apresentar por aqui então temos que nos manter conectados com quem nos segue de outra forma. Seja fazendo lives, digital shows ou soltando lançamentos nas plataformas digitais. Nos dias atuais eu tenho feito constantes produções musicais e lançando online. Estou trabalhando com um gravadora inglesa, a Queen House Music que tem me dado muitas oportunidades para mostrar a minha arte. Além disso eu sou assessorado por três agências de djs, uma no Brasil, outra que cuida dos EUA/Europa e outra da Ásia, então junto com esse time de profissionais, estamos tentando voltar às apresentações nos locais onde os eventos já estão voltando, sempre da maneira segura e respeitando as diretrizes de cada local. E torcendo para que em breve eu possa me apresentar por aqui também porque afinal, a minha maior paixão é me apresentar e estar junto do público brasileiro.”

O artista foi um grande destaque na World Pride de Nova York em 2019 (famosa marcha de orgulho LGBTQIA+) e conta como foi tocar no evento que ficou marcado como o mais importante de sua carreira:

“O show que marcou minha vida foi o evento da World Pride em Nova York em 2019. Essa festa foi recorde de público e ficou marcada como a maior pista de dança da história, com um público de 15,000 pessoas! Nesse evento, a cidade de Nova York sediou a pride Mundial, que acontece a cada 2 anos em diferentes cidades do mundo. Foi a primeira vez que o evento aconteceu em uma cidade das Américas e também foi para celebrar os 50 anos da revolução de Stonewall (revolução que deu origem ao dia do Orgulho GAY). Nesse evento tiveram diversos shows durante o meu set, como a apresentação da cantora Cindy Lauper, Brandy, do grupo STOMP da Broadway, entre outros.”

Para finalizar, Dani conta os maiores desafios da vida de DJ e dá risadas com perrengue já vivido em sua carreira:

“Acredito que um dos maiores desafios da carreira é sempre ter que se aprimorar. O mundo artístico está se renovando constantemente, então, nós DJs temos que estar em constante conexão com o público, trazendo novidades, apresentando um trabalho único, diferenciado, algo que te faça se destacar, trazendo um diferencial, para que aqueles que te seguem, possam sempre voltar e encontrar novidades no seu trabalho. Para mim, a vida de DJ não basta somente se apresentar em um evento, um DJ precisa se manter em relevância, cuidar da imagem, trazer novidades, ter um diferencial que te destaque e o mais importante, sempre ter uma conexão positiva com aqueles que te seguem.”

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