Fundo Amazônia Queer arrecada doações para comunidade LGBTQIA+ na região Norte

fundo Amazônia

A partir do dia 20 de abril, o Fundo Amazônia Queer arrecada doações para a comunidade LGBTQIA+ na região Norte. A iniciativa faz parte do Festival Amazônia Queer, evento online e gratuito que tem o propósito de celebrar a expressão e liberdade artística na Amazônia.

Dentre as organizações apoiadas, estão a Coletiva TRANS (Santarém-PA), Casa Miga (Manaus-MA), ONG Olivia (Belém-PA), Associação de Travestis e Transexuais do Acre (Rio Branco-AC), Associação Orquídeas LGBTI+ (Manaus-MA), Coletivo Sapato Preto Amazônida (Belém-PA), Coletivo Amazônico LesBiTrans (Altamira-PA) e Rede de Negros e Negras LGBT (núcleos Tocantins e Mato Grosso).

A pandemia agrava a situação de LGBTQIA+s em todo o país e intensifica problemas já enfrentados por gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, intersexuais e por outras pessoas com distintas orientações sexuais e identidades de gênero. A pesquisa Diagnóstico LGBT+ na pandemia, realizada pelo coletivo #VoteLGBT em parceria com a Box1824, mostra um impacto significativo da pandemia na saúde mental e financeira da comunidade.

Doenças como depressão e ansiedade manifestam-se mais agressivamente entre a população LGBTQIA+, decorrente do convívio frequente com diversas formas de opressão. As medidas de isolamento social significam, muitas vezes, afastar-se da sua rede de apoio e pode até aumentar a convivência com um ambiente marcado pelo preconceito. Para muitos da comunidade LGBTQIA+, a casa e o seio da família nem sempre significam segurança.

Soma-se a isso, os desafios da região Norte no enfrentamento à pandemia. Dificuldades logísticas e carência de infraestrutura são alguns dos motivos que contribuem para a rápida proliferação do vírus na região e geram ainda mais ansiedade e depressão entre a população.

Neste contexto, o Fundo Amazônia Queer tem o objetivo de arrecadar doações para a comunidade LGBTQIA+ e promover uma aliança entre iniciativas de diversos estados. A meta é que sejam arrecadados R$55.000 até o dia 10 de maio, que serão revertidos em cestas básicas, materiais de limpeza e higiene e auxílios financeiros. Para doar: bit.ly/fundoamazoniaqueer

O Festival Amazônia Queer acontece no dia 8 de maio, no canal Alter do Som no Youtube,  com shows e mostra competitiva e premiação em dinheiro. Mais informações sobre o evento: alterdosom.com.br/amazoniaqueer/

 

SERVIÇO:

Fundo Amazônia Queer: bit.ly/fundoamazoniaqueer

Festival Amazônia Queer

8 de maio, 20h (19h em Manaus)

Canal Alter do Som no Youtube

Inscrições para a mostra competitiva, com prêmios de até R$1.000  (de 15 ao 26 de abril): bit.ly/inscriçaoAQ

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Conheça Dani Brasil, o DJ que bombou na World Pride em Nova York e no mundo.

Dani Brasil

Se você curte música eletrônica, certamente já ouviu falar no DJ Dani Brasil que se destaca no mercado desde 2017. O artista atualmente acumula mais de 120 mil seguidores nas redes sociais e mais de 1.5 milhões de plays no SoundCloud.

Dani abriu o jogo com exclusividade e contou como está sendo se manter e se reinventar durante a pandemia que afeta o mundo todo e conta que por ter dupla cidadania, já foi vacinado e está voltando a tocar nos EUA, país onde o controle pandêmico já está altamente avançado:

“A pandemia foi um grande baque para todos nós do meio artístico. O ano de 2020 prometia ser um ano incrível para mim, a minha agenda internacional estava a todo vapor. Eu tinha apresentações marcadas em lugares como Tokyo, Toronto, Seattle, San Francisco, Dubai, Palm Springs, Sydney, Los Angeles, Dublin. Alguns desses lugares eu iria pela primeira vez e outros eu retornaria para uma nova apresentação. A pandemia veio e cancelou todos os eventos. Ficamos presos em casa e tivemos que nos reinventar para não ficarmos pra trás. Esse tempo em casa me ajudou a começar a aprender a fazer produção musical, algo que eu sempre queria mas nunca tive o devido tempo para me dedicar, então me dediquei muito a isso, comecei a produzir e agora já estou com diversas produções lançadas.

 

O que tem me ajudado ultimamente é por ter dupla cidadania. Já fui vacinado e os eventos nos EUA estão voltando há algum tempo. Então por conta disso eu tenho viajado para tocar por lá, é o que está me ajudando nesse momento porque infelizmente os eventos no Brasil não voltarão tão cedo. Espero e torço muito para que a vacinação se acelere por aqui para que possamos voltar a nos encontrar nos eventos da forma segura novamente e mostrar toda a novidade que tenho produzido durante esse tempo.

Viver da arte sempre foi um desafio, é o que eu disse, temos que sempre nos manter em evidência e trazer novidades para o público. Infelizmente não podemos nos apresentar por aqui então temos que nos manter conectados com quem nos segue de outra forma. Seja fazendo lives, digital shows ou soltando lançamentos nas plataformas digitais. Nos dias atuais eu tenho feito constantes produções musicais e lançando online. Estou trabalhando com um gravadora inglesa, a Queen House Music que tem me dado muitas oportunidades para mostrar a minha arte. Além disso eu sou assessorado por três agências de djs, uma no Brasil, outra que cuida dos EUA/Europa e outra da Ásia, então junto com esse time de profissionais, estamos tentando voltar às apresentações nos locais onde os eventos já estão voltando, sempre da maneira segura e respeitando as diretrizes de cada local. E torcendo para que em breve eu possa me apresentar por aqui também porque afinal, a minha maior paixão é me apresentar e estar junto do público brasileiro.”

O artista foi um grande destaque na World Pride de Nova York em 2019 (famosa marcha de orgulho LGBTQIA+) e conta como foi tocar no evento que ficou marcado como o mais importante de sua carreira:

“O show que marcou minha vida foi o evento da World Pride em Nova York em 2019. Essa festa foi recorde de público e ficou marcada como a maior pista de dança da história, com um público de 15,000 pessoas! Nesse evento, a cidade de Nova York sediou a pride Mundial, que acontece a cada 2 anos em diferentes cidades do mundo. Foi a primeira vez que o evento aconteceu em uma cidade das Américas e também foi para celebrar os 50 anos da revolução de Stonewall (revolução que deu origem ao dia do Orgulho GAY). Nesse evento tiveram diversos shows durante o meu set, como a apresentação da cantora Cindy Lauper, Brandy, do grupo STOMP da Broadway, entre outros.”

Para finalizar, Dani conta os maiores desafios da vida de DJ e dá risadas com perrengue já vivido em sua carreira:

“Acredito que um dos maiores desafios da carreira é sempre ter que se aprimorar. O mundo artístico está se renovando constantemente, então, nós DJs temos que estar em constante conexão com o público, trazendo novidades, apresentando um trabalho único, diferenciado, algo que te faça se destacar, trazendo um diferencial, para que aqueles que te seguem, possam sempre voltar e encontrar novidades no seu trabalho. Para mim, a vida de DJ não basta somente se apresentar em um evento, um DJ precisa se manter em relevância, cuidar da imagem, trazer novidades, ter um diferencial que te destaque e o mais importante, sempre ter uma conexão positiva com aqueles que te seguem.”

Ana Gabriela anuncia música inédita enquanto reafirma sua voz como LGBTQIA+

Depois do sucesso de seu primeiro álbum, “Ana” (Deck/2020), a cantora e compositora Ana Gabriela continuou criando novas canções e “Capa de Revista” (Ana Gabriela/ Deco Martins/ Julio Pettermann/ Filipe Toca), a primeira da nova safra, será lançada dia 18 de junho.

Com produção de Rafael Ramos, as gravações ocorreram de forma remota e Ana gravou voz só quando o instrumental estava todo pronto, diferente de como ela sempre fez, estando fisicamente com os músicos no estúdio. Inspirada no título da canção, Ana Gabriela produziu uma revista com temática LGBTQIA+, que será disponibilizada online.

Enquanto começa a pensar nos próximos passos, Ana continua divulgando seu álbum homônimo e recentemente lançou o romântico e delicado clipe de “Acho Que Te Amo“, com cenas de intimidade dela e da namorada Beatriz Oliveira.

Desde o começo de sua carreira Ana Gabriela traz assuntos do universo LGBTQIA+ para seu trabalho. Em uma de suas primeiras músicas, “Carta Para Mãe”, ela fala de quando revelou sua sexualidade para a mãe. Ana acredita que a união entre as pessoas LGBTQIA+, assim como mais pessoas falando sobre isso, é o que pode ajudar no combate ao preconceito e na autoaceitação. “Queria falar para a galera da comunidade que não desistam de ser quem são. Precisamos estar unidos, nos dar valor e também falarmos sempre que pudermos, pois é muito importante termos vozes através das quais nos sentimos representadas” – comenta.

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