Lente Viva Filmes lança série “Sou Moderno, Sou Índio” trazendo o foco para a contemporaneidade indígena brasileira

Depois de receber o Prêmio Especial do Júri da Categoria Jallalla no 16º Festival Arica Nativa, Chile, 2021, Sou Moderno, Sou Índio, série contemporânea que coloca a identidade indígena em foco e sua autenticidade em discussão, chega, com seus 13 episódios de 26 minutos, ao canal CINeBRASiL TV. A série produzida por Thiago Tambelli / Lente Viva Filmes, com direção de Carlos Eduardo Magalhães, mostra o aproveitamento e a ressignificação dos povos originários brasileiros através da aproximação da comunicação e com uma linguagem moderna, incluindo e explicando, ao longo de cada episódio, os diversos temas apresentados pelos personagens a partir do seu cotidiano nas aldeias ou nas cidades.

A sociedade ocidental guarda uma visão estereotipada sobre os povos originários. A imagem pré-concebida e vigente nas rodas sociais e na maioria dos meios de comunicação é aquela que diz que para ser realmente índio é preciso andar nu, falar ‘mim’ no lugar de ‘eu’, ser ingênuo e não ter acesso à tecnologia.  Qualquer indígena saindo desse padrão é identificado como um índio que perdeu suas raízes. Mas ser índio não é uma questão de cocar de pena, urucum e arco e flecha, algo aparente e evidente, mas sim uma questão de “estado de espírito”.

A série Sou moderno, Sou Índio propõe um contraponto a esse imaginário vigente. Longe das figuras míticas de selvagem, preguiçoso, indolente e desinteressado, os personagens que constroem o tecido dramatúrgico da série são altamente ligados à tecnologia e participantes ativos do cotidiano urbano das mais diferentes maneiras, ao mesmo tempo em que também são intimamente ligados a seus povos e sua cultura. ´

Mesmo estando “plugados à rede”, filmando, escrevendo em português, cantando um rap ou ainda vivendo numa cidade grande e se utilizando de tecnologia de ponta, essas pessoas não perderam sua identidade. O indígena autêntico deste século busca sua ancestralidade ou os míticos que habitam as aldeias, sabe preservar o meio ambiente, é sábio e poderoso em suas crenças e, ao mesmo tempo, se relaciona com o que o mundo ocidental oferece de uma forma a ampliar ainda mais sua cultura e seus saberes. A série foca justamente no indígena da atualidade e dá voz a ele em toda a sua dimensão. Não há nada mais moderno no mundo contemporâneo do que ser indígena.

Sou Moderno, Sou Índio não só dá voz a diversos povos do Brasil – Guarani, Huni Kui, Ashaninka, Xucuru, Tukano, Guarani Kaiowá, Tupinambá, Baniwa, Wapixana, Guajajara, Yawanawá, Boe Bororo, Tikuna e Kokama –, como toda a equipe, desde a direção de fotografia, direção de arte, som direto, roteirista até a trilha sonora, é composta por profissionais indígenas. O Brasil e toda sua diversidade indígena em uma série inovadora.

No ar pelo canal CINeBRASiL TV – cuja programação traz documentários autorais investigativos e séries ficcionais inéditas, que refletem comportamentos, conflitos e relações humanas –, desde o início de dezembro, com um novo episódio a cada domingo, às 22h, e reprises durante a semana. A partir de janeiro de 2022, novos episódios.

Instagram: @indio.moderno

Sobre a Lente Viva Filmes

Lente Viva Filmes é uma produtora de filmes para Cinema e Televisão. Suas obras primam pela inovação estética e qualidade técnica. Temos o compromisso de produzir filmes críticos que retratem a cultura do povo brasileiro no contexto da américa latina e mundo.  Filmes como Garoto – Vivo SonhandoNegro em MimNièdeEscolas em LutaEntre os Homens de Bem20 CentavosTriunfo e das Almas se destacaram no cenário nacional e internacional de festivais de cinema.

Atualmente a Lente Viva está finalizando o longa-metragem de ficção O Fantasma, coprodução internacional Chile/Brasil/Argentina, contemplado nos programas Ibermedia e FSA e o longa doc O Riso da dor, filmado no território da Cracolândia.  

Sobre Carlos Eduardo Magalhães

Em 2018 recebeu o prêmio Rigoberta Menchú no 28º Festival Présence Autochtone de Montreal, Canadá, com o filme Ara Pyau – Primavera Guaraní. A série da qual é autor e diretor, Sou Moderno, Sou Índio, obteve o Prêmio Especial do Júri da Categoria Jallalla no 16º Festival Arica Nativa, Chile, 2021. Assessora projetos no Brasil e na América Latina. Com destaque ao Bolivia Lab, Acampadoc, no Panamá e Mendoza Lab, na Argentina.

Ficha Técnica:

Sou moderno, Sou Índio

Uma produção Lente Viva Filmes

Série de TV com 13 episódios de 26’’

CINeBRASiL TV

Assessoria Indígena: Dedê Maia | Renata Machado Tupinambá

Argumento: Dedê Maia | Carlos Eduardo Magalhães

Direção: Carlos Eduardo Magalhães

Co-direção episódios 4,6,10 e 11: Priscila Tapajowara

Produção: Tiago Tambelli

Roteiros: Renata Machado Tupinambá | Inês Figueiró

Direção de Fotografia: Priscila Tapajowara | Wewito Pyako Ashaninka

Fotografia Adicional: Carlos Eduardo Magalhães

Direção de Arte: Denilson Baniwa

Assessoria Musical: Rádio Yandê

Som Direto: Caio Tupã

Pós-produção e Finalização: Videocubo

Edição: José Roberto Oliveira

Cor: Diogo Dias de Andrade

Animação Gráfica: Arthur Ruiz | Matheus Canto

Edição de Som: Ricardo Zollner

Personagens: Ailton Krenak | Sonia Guajajara | Joenia Wapichana | João Paulo Dsana | Kissibi Tukano | Carla Fer Tukano  | Ovídio Tukano | Benki Pyako Ashaninka | Raine Pyako Ashaninka | Zezinho Ashaninka | Bianca Ashaninka | Kunumi MC | José Tikuna | Camila Sateré | Kokama | Khamoshi Ashaninka | Franscisco Pukimabieteri Yanomami | Mauricio Iximaweteri Yanomami | Batista Iximaweteri Yanomami | Apolinário Yanomami | Melito Iximaweteri Yanomami | Denilson Baniwa | Isaka Huni Kui | Katu Mirim | Erisvan Guajajara | Junior Xucuru | Kiki Conzianza Kaiowá  | Zezinho Yube Huni Kui | Geni Macena Guarani | Letícia Yawanawá | Yaka Shawãdawa | Manoel Karaí Guarani | Eliane Potiguara | Joaquim Maná Huni Kui | Edivan Fulni-ôV | Gilearde Barbosa Pedro Kaiowá | Michele Perito Kaiowá | Renata Tupinambá | Anapuàká Muniz Tupinambá

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Marvel anuncia lançamentos dos novos filmes em vídeo com prévias inéditas

A Marvel Studios divulgou um vídeo que celebra seu universo cinematográfico e mostra os lançamentos dos próximos longas. Além das primeiras cenas de “Os Eternos”, a prévia também confirmou o título de Pantera Negra 2: “Wakanda Forever”.

Confira:

  • Viúva Negra: Julho de 2021
  • Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis: Setembro de 2021
  • Os Eternos: Novembro de 2021
  • Spider-Man – No Way Home: Dezembro de 2021
  • Doutor Estranho no Multiverso da Loucura: Março de 2022
  • Thor – Love and Thunder: Maio de 2022
  • Pantera Negra – Wakanda Forever: Julho de 2022
  • The Marvels: Novembro de 2022
  • Homem-Formiga e a Vespa – Quantumania: Fevereiro de 2023
  • Guardiões da Galáxia Vol. 3: Maio de 2023
  • Quarteto Fantástico: Sem Data

Alexia Annes concorre com 3 projetos ao Quarentena Film Festival

Alexia Annes
Com a pandemia muitas profissões precisaram se adaptar às novas formas de produção e trabalho. Na arte e audiovisual não foi diferente. A roteirista, diretora e atriz Alexia Annes trabalhou, de forma remota, em alguns projetos durante o período de isolamento social em que vivemos há mais de um ano, como os curtas-metragens “Culpa e Preconceito”, “Attention Please” e a webserie “Lara Toc Toc”, que ganharam reconhecimento e estão indicados ao festival Quarentena Film Festival.
Possibilitando um maior reconhecimento desse novo formato de trabalho, o Quarentena Film Festival premia diversos projetos realizados durante a quarentena e que tenham respeitado todas as diretrizes indicadas para evitar a propagação do vírus da Covid-19.
De acordo com a página oficial do festival, o evento surgiu da vontade de continuar criando e a vontade de união em um momento onde nunca encontravam-se tão afastados. “Ele surge como uma luz em uma mente resiliente. Ele surge em um momento de cuidado, purificação e carinho” – citação retirada da página do Quarentena Film Festival.
 “Culpa e Preconceito”, “Attention Please” e a webserie “Lara Toc Toc” concorrem em categorias técnicas, que contarão com uma banca de profissionais da área para a decisão final, e ao voto popular. A votação acontece até o próximo dia 22 de maio.
“Estar com indicações nesse festival está sendo incrível. O Festival é maravilhoso e motivador. Além disso, através do cinema, muitas mulheres podem contar a sua versão da vida e seu ponto de vista da sociedade. Passamos centenas de anos tendo nossas histórias contadas por homens. Estou feliz de estar participando dessa edição”, afirma Alexia.
Alexia integrou ao elenco do curta “Attention Please” e da webserie “Lara Toc Toc”, tendo também dirigido, roteirizado e produzido as tramas. Em “Culpa e Preconceito” a artista roteirizou e dirigiu o projeto. A produtora de audiovisual independente Batom Produções, a qual Alexia também é proprietária, é a responsável pela trama.
“Trago 3 obras completamente diferentes e através do festival posso exibir as vertentes do meu trabalho ao público. O mercado cinematográfico ainda é um ambiente com homens na liderança das produções, poder estar entre os selecionados é gratificante demais”, aponta a artista.
Além de estar em um festival com 3 diferentes projetos e ocupar um importante espaço como mulher à frente de produções audiovisuais, Alexia também reconhece a necessidade do festival em tempos de pandemia, em que muitos projetos maiores precisaram ser adiados, gravações canceladas e artistas precisando se reinventarem para continuarem produzindo, atuando e vivendo da arte.
“O Quarentena Film Festival é muito importante, pois mostra o trabalho de cineastas que trabalharam durante a pandemia, respeitando as restrições da covid-19, produzindo filmes realizados de forma remota. Sempre gravando em locais fechados e respeitando o isolamento social, preferencialmente todos de casa. Para continuarmos trabalhando, precisamos reinventar e produzir”, completa Alexia.
A votação popular já está aberta. Para votar em “Attention Please”, “Culpa e Preconceito” e “Lara Toc Toc”, clique AQUI.

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