As cidades gaúchas de São José dos Ausentes e Porto Alegre servem de cenário para o longa em produção “Coexistência”. Estreia na direção de Thiago Wodarski, o drama familiar com elementos fantásticos é uma realização da Machina Filmes e Sofá Verde Filmes. Estão no elenco Maria Galant (“Irmã”), Martha Brito (“Disforia”), Thiago Lacerda (“O Tempo e o Vento”) e Juliana Wolkmer (“Legalidade”) e as estreantes Helena Vaz e Julia Almeida. “Coexistência” conta a história de duas irmãs que retornam depois de anos para a casa onde cresceram. A morte da mãe as faz reviver velhos traumas. As gravações acontecem em fevereiro.
“Eu considero ‘Coexistência’ um filme sobre revisitar memórias, em sua essência. Acho que a memória é talvez a ferramenta humana mais traiçoeira”, elabora Thiago Wodarski, conhecido por sua experiência como roteirista da série “A Bênção” (Canal Brasil) e do longa “Disforia”. “Há algo muito pesado que aconteceu naquela casa e as duas irmãs claramente enxergaram este fato de forma diferente. Enquanto para uma aquilo foi um lar, com lembranças até lúdicas dos momentos, a outra enxerga vê como um período absolutamente sombrio”, resume.
O diretor e roteirista define “Coexistência” como um drama de fantasia que começa a ganhar contornos de thriller no desenrolar da trama. Wodarski divide a produção com Lucas Cassales, Rafael Duarte e Taísa Ennes. Duarte e Taísa também assinam direção de fotografia e arte, respectivamente. Fernanda Bischoff e Patrick Arozi são os produtores executivos do projeto. As filmagens seguem uma série de protocolos de segurança relacionados à pandemia. O cronograma iniciou no interior do estado, em uma fazenda de São José dos Ausentes, e agora prossegue na capital gaúcha.
O ator carioca Thiago Lacerda interpreta o médico Fernando, personagem religioso que aos poucos vai mostrando suas reais intenções. Ele define o roteiro como corajoso e seu personagem como misterioso e complexo. Sobre a produção do longa-metragem, descreve: “um grupo de jovens inquietos que se reúnem pela causa nobre do cinema e pela necessidade de resistir, em cena, ao horror do descrédito e sabotagem cultural que nos cerca atualmente”.