De uma rave entre amigos a um festival consagrado: a história dos 20 anos do TRIBE Festival

TRIBE Festival

Em maio, o Tribe Festival comemora seu aniversário de 20 anos, e depois de uma longa espera de dois anos, o evento finalmente vai acontecer dia 14 de maio na Arena Maeda, em Itu. Este ano o line-up conta com Boris Brejcha, Astrix, Enrico Sangiuliano, WhoMadeWho, Vini Vici, Vegas, Liquid Soul, Avalon, Township Rebellion, D-Nox, Ann Clue, Guy Mantzur, Renato Ratier, Eli Iwasa e mais nomes a anunciar.

Os fãs da Tribe estão entusiasmados e há muitas histórias sobre o festival ao longo dos anos para serem contadas. Trata-se de um evento marcado pela união e por apresentar uma experiência completa, não só na música, mas também em termos de atmosfera e cenografia. Então, vamos falar sobre a história desse grande festival que faz os nossos corações baterem mais forte?

Cerca de 50 pessoas, que na época eram amantes do trance, dançaram na sala de uma fazenda em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, na primeira edição da Tribe na virada de 2000 para 2001. A festa deveria acontecer ao ar livre, mas a chuva frustrou os planos dos organizadores, que planejaram o evento com objetivo de mostrar seus sons aos seus amigos. Os 50 ravers da primeira edição transformaram-se atualmente em cerca de 30 mil outros que frequentemente viajam para a Arena Maeda em Itu, interior de São Paulo, e se juntam a mais de 50 DJs, divididos em quatro palcos diferentes. Inesperadamente, a sala de uma fazenda não era o bastante e o “pequeno” evento foi tomando grandes dimensões. 

A Tribe chegou a Campos do Jordão em 2004  para realizar pela primeira vez uma festa na cidade, ocorrendo no Haras Stater, aproveitando o melhor do clima das montanhas. No dia 12 de Junho, em mais uma comemoração de eventos ao ar livre impecavelmente produzidos e bem sucedidos, a Tribe apresentou atrações internacionais de peso. O festival cresceu e não perdeu a qualidade, sempre buscando espaços em meio a natureza que reúnem os participantes e os levam a uma experiência de alegria e euforia. 

Nos primeiros cinco anos, o festival se concentrou no Psy Trance, mas com o tempo os organizadores perceberam a necessidade de abranger outros estilos musicais, como o Progressive Trance, Techno e Tech House. Novos palcos foram acrescentados conforme a necessidade para cada um deles, e assim o público mais acelerado – que gosta do ritmo de 145 batidas por minuto – contribuiu para colocar a Tribe na cena mundial da música eletrônica, atraindo grandes DJs para o line-up, como o israelense Astrix.

Em junho de 2011, o Tribe Festival completou 10 anos de jornada e retornou ao cenário após pausa de dois anos. Pioneira em responsabilidade social no cenário da música eletrônica brasileira por meio do projeto Tribe em Ação (TEA), os organizadores voltaram sua atenção para a ONG latino-americana Um Teto Para Meu País (UTPMP). O intuito da ação foi transferir o valor arrecadado por meio de votos de cortesia social para recursos da Organização.

O objetivo do festival nunca foi só a música. Vale a pena ressaltar que para a organização é também muito importante o visual, a cenografia e tudo relacionado à experiência da festa. O nível de produção, a escala, a variedade de músicas e o cenário fazem você se sentir como se estivesse em um caminho mágico enquanto anda pelo festival.

As artes visuais são peças fundamentais das cenografias das tendas e dos palcos onde os DJs se apresentam. Em entrevista exclusiva ao THUMP em 2014, Du Serena, organizador e fundador da Tribe, comentou sobre a edição do ano em questão: “A tenda do palco Solaris vai ter uma estrela de 12 pontas, de 55 metros de diâmetro, toda pintada a mão por uma equipe que vem da Bélgica e da África do Sul. Cada palco tem a sua identidade visual e sonora, o que é algo muito importante para a experiência que o cara tem em um festival de música eletrônica. Seria muito fácil colocar a tendinha e o DJ, seria ótimo, mas é o algo a mais que faz a Tribe ser o que ela é.”

Em junho de 2016, a Tribe realizou a 15ª edição, no haras Alto do Sagrado, em Itu. Com o slogan “todas as tribos em uma”, a festa simbolizou a união Tribe em torno da música eletrônica, seus públicos e suas vertentes. Para esta edição, uma nova pista chamada “Low BPM” foi projetada para os sets de low beats. Assim, ela se agregou às quatro já conhecidas: “Tribe Club”, “Solaris”, “Domo” e “Fusion Stage”. Cada pista traz uma experiência e uma atmosfera única, marcadas por diferentes cenógrafos e artistas, para identificar sua vibe.

Conhecido por todo o Brasil, o TRIBE é um dos festivais mais antigos do país, com duas décadas de história. A organização enfatiza o conceito de união das tribos e prezam pela mistura de estilos e públicos em suas festas. A identidade do festival traz inovação, surpresa e, principalmente, experiência. O empenho pela excelência é facilmente perceptível ao chegar ao local. Os organizadores andam pelo evento se passando por espectadores para certificar que tudo está de acordo com o que o público espera. Por isso, em 2005, apenas cinco anos após seu lançamento, 25 mil pessoas passaram pelo festival e esse número foi aumentando cada vez mais, assim como o número de atrações e palcos.

Faz 22 anos desde que o Tribe Festival foi criado e, claro, muitas memórias que vão ficar eternizadas em nossos corações. Persistência e excelência, um evento que considera tudo aquilo que é importante para o público, os fãs, os amantes da música eletrônica e de festivais mágicos que jamais serão esquecidos. Quem acompanhou a evolução do festival, sem dúvidas, está morrendo de saudade das pistas e tem muita história para contar, afinal, Tribe é Tribe.

Estilos, aparências, raças, gêneros, nada disso importa. Todos em um só lugar, uma só tribo, juntos pela música e pela experiência que ela proporciona, ela que nos move e nos emociona. Portanto, save the date porque a Tribe 2022 promete ser um festival extraordinário e inesquecível.

Não perca a chance de participar desta grande comemoração! Garanta já seu ingresso via site ou app da Ingresse, clicando aqui.

Serviço
TRIBE Festival

Data: 14 de maio de 2022
Horário: a partir das 16h
Local: Parque Maeda (Rod. Dep. Archimedes Lammoglia – Km 18, Itu – SP)
Atrações: Boris Brejcha, Astrix, Loco Dice, Enrico Sangiuliano, WhoMadeWho, Vini Vici e mais nomes a anunciar.
Ingressos: sujeito a disponibilidade de lote via Ingresse
Redes sociais: @tribe_oficial

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Confira um guia sobre a maior noite da música, o Grammy 2021 que acontece próximo domingo (14)

grammy2020
63º GRAMMYs Awards, acontece no domingo, 14 de março. Apresentado pelo apresentador do “The Daily Show”, Trevor Noah, o show conterá toda a música e magia que o público espera, ao mesmo tempo em que mantém as precauções de segurança do COVID-19. Os nomeados atuais incluem os maiores artistas da atualidade, incluindo  Beyoncé, Billie Eilish, Coldplay, Haim, Dua Lipa, Taylor Swift, Phoebe Bridgers e muitos outros. Artistas e apresentadores serão anunciados em breve.
Até lá, veja como se preparar para assistir seus apresentadores, indicados e vencedores favoritos do 63º GRAMMY Awards. Saiba mais sobre as diferentes maneiras de assistir ao show do  2021 GRAMMY Awards aqui e leia sobre como experimentar a temporada 2021 GRAMMY na íntegra abaixo.

Participe da GRAMMY Week:
Antes da maior noite da música, a Recording Academy está oferecendo uma infinidade de eventos maravilhosos como parte da GRAMMY Week 2021 . A semana começa na segunda – feira, 8 de março, com o GRAMMY In The Schools Fest , um evento virtual de quatro dias que celebra a música e a educação musical e apresenta apresentações de alunos e profissionais. (Este evento é gratuito para quem se inscrever com antecedência aqui(abre em uma nova guia).) Nesse mesmo dia, o Women In The Mix , outro evento virtual, vai reconhecer as contribuições das mulheres na música e vai amplificar a voz feminina. (Este evento acontecerá publicamente em GRAMMY.com.)
Grammy 2021
Na quarta – feira, 10 de março , a celebração da semana GRAMMY do Coletivo Inaugural de Música Negra apresentará uma série de conceituados criadores de música negra e profissionais conhecidos por amplificar as vozes negras na música e além. (Este evento pode ser visto em GRAMMY.com.)
Na quinta – feira, 11 de março , junte-se ao evento GRAMMY U Masterclass With Tayla Parx enquanto ela discute sua arte de escrever canções e experiência da vida real como uma artista multifacetada. (Este evento pode ser visto no canal da Recording Academy no Facebook(abre em uma nova guia).) No mesmo dia, a Celebração do 20º aniversário da Ala de Produtores e Engenheiros , um programa privado de uma hora, celebrará o marco de 20 anos da Ala de Produtores e Engenheiros da Recording Academy .
Na sexta-feira 12 de março , MusiCares ” Music On A Mission fundraiser virtual irá honrar a resiliência da comunidade de música, que foi profundamente impactado pela COVID-19 pandemia. Nesse dia, a 23ª Annual Entertainment Law Initiative , um evento privado, irá homenagear a Black Entertainment and Sports Lawyers Association (BESLA). Confira a lista completa de indicados ao GRAMMYs 2021 aqui
Cerimônia de estreia:
Antes da transmissão do GRAMMYs, certifique-se de ir aos bastidores com GRAMMY Live. Em primeiro lugar, a 63ª Cerimônia de Estreia dos Prêmios GRAMMY acontecerá no domingo, 14 de março, e será transmitido ao vivo internacionalmente via GRAMMY.com . Apresentado pelo atual três vezes indicado ao GRAMMY, Jhené Aiko, a Cerimônia de Estreia contará com apresentações dos atuais indicados ao GRAMMY, incluindo Burna Boy, Terri Lyne Carrington + Ciências Sociais, Jimmy “Duck” Holmes , Igor Levit, Lido Pimienta, Poppy, Rufus Wainwright e muitos outros. A Cerimônia de Estreia também é onde iremos premiar mais de 70 GRAMMYs em gêneros musicais que vão desde clássico e jazz a R&B, música global e muito mais.
Assista ao 63º GRAMMY Awards:
O único lugar para assistir a Biggest Night da música é na CBS, CBS All Access e Paramount. Durante a transmissão, visite GRAMMY.com durante a noite para assistir aos discursos de aceitação e entrevistas com os vencedores da noite.

Suricato se junta a Vitor Kley no lançamento do single “A dois”, que chega acompanhado de clipe

Vitor Kley e Suricato

Após ser indicado ao GRAMMY® Latino pela segunda vez consecutiva e lançar três álbuns somente em 2020, o carioca Suricato se juntou ao gaúcho Vitor Kley em uma parceria inédita para o lançamento do ensolarado single “A dois” (Ramon Matheus/ Ébano Machel), faixa que aproxima os mundos dos dois artistas e presenteia o público com um som leve e potente. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/ADoisPR . A nova canção chega acompanhada de um videoclipe, gravado em duas praias diferentes do litoral brasileiro, com direito a muito pé na areia e coração em alto mar. “A dois” está em todas as plataformas de música e o clipe já está disponível no canal oficial do Suricato no YouTube.

Apesar de a colaboração entre Suricato e Kley ser novidade, a música “A dois” é, na verdade, uma regravação da faixa homônima de uma banda independente chamada “Tem Amor”. Fã declarado de Vitor Kley, Suricato não hesitou em chamar o cantor para uma emprestar sua voz para essa nova versão do single.

“Na turnê do disco ‘Na Mão as Flores’, eu cedia o espaço de abertura para até seis artistas se apresentarem. Era lindo. Entre eles, uma banda chamada ‘Tem Amor’, que eu já conhecia e adorava. Escutei a música ‘A dois’ em um pocket show deles e amei. Como normalmente componho meu repertório sozinho, achei que seria maravilhosa a ideia de gravar uma canção de um artista independente. O Kley foi minha primeira opção, amo o trabalho dele e ele adorou a música. Ele é um cara que é sinônimo de sol é sempre bom ter por perto”, revela Suricato.

Honrado pelo convite, Vitor já sentia uma conexão forte com Suricato, mesmo antes de conhecê-lo. “O Rodrigo me mandou uma mensagem dizendo que tinha um som que era a minha cara, a minha vibe, e eu fiquei muito feliz! Tenho uma admiração musical por ele muito grande, então, nós já estávamos conectados antes mesmo de nos conhecermos. Acho que quando as pessoas se admiram artisticamente os universos já se aproximam muito“, conta Vitor Kley.

Com a regravação de “A dois”, Rodrigo, à frente do projeto que leva seu sobrenome, “Suricato”, apostou em um som mais brasileiro, mas com pegada. Na letra, o público poderá identificar trechos que enfatizam a importância do outro e versos que falam de amor e afeto. Em tempos nos quais a intolerância e o discurso de ódio ganham força, sobretudo na internet, “A dois” ostenta em sua letra a esperança e a união.

“Esse som vai levar esperança, união e leveza. Acho que quando dois artistas colaboram, já é sinal de união, coisas boas, respeito e amizade. E acho que o mundo sempre precisa disso, não só neste período caótico que estamos vivendo. As pessoas precisam se unir, lutar um pelos outros, estender a mão. Precisamos fazer isso por uma questão de humanidade, pelo bem das próximas gerações. Tenho certeza de que ‘A dois’ será uma companhia maravilhosa para dias complicados, dias de solidão das pessoas e até para mim mesmo”, diz Kley.

Para combinar com uma canção leve, nada mais justo do que um clipe ameno e suave. “Eu queria um clipe ao ar livre, sem nenhum conceito moderninho produzido para dar atmosfera hype. É a simplicidade da natureza com dois artistas que se interessam por ela e por boas canções”, explica Rodrigo.

O novo single de Suricato e Vitor Kley contou com uma participação pra lá de especial, que deu à canção uma nova roupagem. Convocado por Suricato, o público pode dar pitacos e opinar no resultado final de “A dois”. O processo colaborativo deu tão certo que o músico pretende repeti-lo em trabalhos futuros.

“Estou cada dia mais aberto aos processos colaborativos, pois me percebo mais seguro de mim. Um dos meus maiores propósitos é compartilhar informações com artistas independentes e o meu público. Sempre digo que ‘o processo é a própria arte’ e, por isso, achei boa ideia abrir a caixa preta do meu trabalho para as pessoas opinarem. Arriscado, nada pop, mas não me arrependo”, explica.

Recentemente, a pandemia do coronavírus completou um ano no Brasil. Neste período repleto de incertezas, cancelamento de shows e isolamento social, Suricato fez o que nenhum outro artista nacional conseguiu. Só em 2020, ele lançou um número impressionante de três discos e um single, sendo seu ano mais produtivo. Também não teve essa de bloqueio criativo para Vitor Kley, que usou a quarentena para escrever sobre a saudade e a falta e aproveitou para ficar com a família.

A admiração mútua e o respeito entre os dois artistas é antiga, mas fica ainda mais evidente em “A dois”. A potência e bagagem musical de Suricato misturada com a positividade do autor do hit “O sol” resultou em uma versão espontânea e autêntica.

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